A baleia jubarte, também conhecida como baleia corcunda, pode medir aproximadamente quinze metros de comprimento e pesar até quarenta toneladas. Possui grandes nadadeiras peitorais, que podem medir até 1/3 do tamanho de seu corpo; e nadadeira dorsal, significantemente menor, localizada em sua corcunda. Na região anterior de seu corpo, encontramos várias pregas de coloração esbranquiçada que auxiliam na entrada e saída de água. Sua pele é relativamente fina e, abaixo dela, há uma grande camada de gordura, cerca de quinze vezes mais espessa que a epiderme.
Sua cabeça é achatada, com nódulos pilosos em sua superfície, e a boca se apresenta longa e em forma de arco. Para filtrar seu alimento, principalmente pequenos peixes e crustáceos, ela se utiliza de um grande número de placas queratinizadas presentes em sua boca: as barbatanas. Os olhos se localizam próximos às laterais da boca e um pouco à frente da abertura do ouvido. Já na região superior da cabeça, próximo também aos olhos, está o orifício respiratório, que auxilia a baleia a chegar à superfície, ao eliminar jatos de água.
A cauda da jubarte, com comprimento de aproximadamente cinco metros, é a principal responsável pelos saltos e movimentos de natação da baleia, auxiliada por uma estrutura muscular chamada pedúnculo caudal, que se inicia logo após a nadadeira dorsal. Sua cauda é a principal estrutura utilizada para o reconhecimento de indivíduos, já que cada indivíduo possui uma nadadeira caudal com características individuais.
É considerada uma das espécies de baleias com mais movimentos acrobáticos. Estes desempenham, entre outros comportamentos ecológicos, função reprodutiva – assim como suas vocalizações.
Machos e fêmeas são diferenciados de acordo com a disposição da fenda genital e a presença de glândulas mamárias, nas fêmeas. Estas, a cada gestação, que dura aproximadamente um ano, dão à luz a uma única cria. Com aproximadamente cinco metros e duas toneladas, o filhote mama em sua mãe por aproximadamente um ano e permanece em sua companhia até que adquira condições de sobreviver sozinho.
Embora costumem ter hábitos solitários, baleias fêmeas costumam se agregar durante a migração anual, sempre nos mesmos grupos.
Atualmente, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) considera o status de conservação da baleia jubarte como pouco preocupante. Este resultado se deve às grandes e significantes ações conservacionistas, em todo o mundo. Captura acidental em redes de pesca, colisão com barcos e navios, poluição dos mares, destruição de habitats, encalhes e caça comercial - até meados do século XX, eram os principais fatores responsáveis pelo seu colapso populacional.
Curiosidade: estima-se que aproximadamente 1600 baleias migrem anualmente para a região de Abrolhos, Bahia, durante os meses de inverno e primavera, onde acasalam e amamentam seus filhotes.